quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

HAITI




Mais de 100 mil pessoas terão morrido na sequência do sismo que esta terça-feira atingiu o Haiti. A informação foi avançada há instantes pelo Primeiro-Ministro do país, Jean-Max Bellerive, em declarações à estação televisiva norte-americana CNN.

"É difícil avaliar com precisão o número de vítimas e de casas e edifícios que desabaram. Com os moradores dentro, acho que são muito mais de 100.000", disse Bellerive. "Espero que não seja verdade, que as pessoas tenham conseguido sair" das respectivas casas durante o terremoto, confessou.

"Tantos edifícios, tantos bairros foram completamente arrasados, e em alguns bairros não se vê mais ninguém. Não sei onde estão essas pessoas", admitiu o Primeiro-Ministro, confirmando as piores suspeitas.

Relatos citados pelo jornal El País dão conta de vozes humanas que se ouvem, nesta altura, entre os destroços dos edifícios.

"Ouvimos pessoas a pedirem ajuda pelas fendas dos escombros".Kristie van de Wetering, voluntária da Oxfam.

O terramoto que ontem à noite atingiu a região das Caraíbas foi já descrito como o pior dos últimos dois séculos, com uma intensidade próxima dos 7 graus na escala de Richter. Depois do abalo principal (que se fez sentir durante mais de um minuto), uma segunda réplica violenta abalou novamente o país, com uma intensidade próxima dos 5.9 na escala de Richter.

Com o epicentro localizado a escassos 16km a oeste da capital do Haiti, Port-au-Prince acabou por ser mesmo o local onde o sismo se fez sentir com maior intensidade, provocando maiores estragos.

Caos e destruição

De acordo com os relatos que vão chegando a todo o mundo, centenas de pessoas vagueiam agora pelas ruas da cidade, onde a destruição está por todo o lado.

Numerosos edifícios públicos, hotéis, vivendas, lojas e pequenas casas desabaram por completo. Entre os edifícios emblemáticos do Haiti, tanto o Palácio Presidencial, como o edifício das Nações Unidas sucumbiram ao terramoto (200 funcionários da ONU continuam nesta altura desaparecidos).

A destruição causada pelo terramoto levou também ao corte completo das linhas telefónicas, sendo também impossível qualquer contacto por telemóvel. Todos os contactos com a ilha estão nesta altura a ser feitos através de telefone por satélite.

Sem comentários: